Você costuma utilizar adoçantes em sua alimentação?
Saiba Mais sobre os adoçantes artificiais não calóricos (NAS)
Em outubro de 2014, a revista científica Nature divulgou um interessante estudo sobre o impacto do uso dos adoçantes artificiais não calóricos (NAS) no metabolismo da glicose em camundongos.
Os animais foram separados em dois grupos. O primeiro, chamado grupo controle, recebeu água pura, ou glicose ou sacarose (açúcar comum). Já o outro recebeu formulações comerciais à base de sacarina, ou de sucralose ou de aspartame (NAS).
Após 10 semanas de ingestão, os animais do grupo controle exibiram uma curva similar de tolerância à glicose. Já os demais camundongos, consumidores dos NAS, desenvolveram intolerância à glicose; ou seja, um indivíduo nestas condições apresenta os níveis de glicose no sangue fora dos padrões normais, porém não altos o suficiente para serem diagnosticados como diabéticos.
Entenda melhor:
Um dos principais motivos pelos quais os adoçantes artificiais não calóricos (NAS) podem induzir a intolerância à glicose é a disbiose intestinal - desequilíbrio da flora bacteriana intestinal no qual há diminuição do número de bactérias boas do intestino e aumento das bactérias "ruins". Isto reduz a capacidade de absorção dos nutrientes e pode causar carência de vitaminas.
O uso crônico de NAS promove a alteração na microbiota (flora) intestinal, com contribuição de diversos tipos de bactérias, incluindo degradação e fermentação de várias substâncias, as quais poderiam servir como precursores para a reutilização de glicose e lipídios. Este quadro instalado aumenta-se a disponibilidade de energia e favorece a obesidade.
Dentre todos os NAS analisados, a sacarina (um tipo de adoçante não calórico) promoveu uma maior alteração na microbiota disbiose intestinal. Consequentemente, o grupo que recebeu esta substância apresentou um maior potencial de intolerância à glicose.
Este estudo é mais um dos que comprovam que devemos ter bom senso e prudência no consumo não só dos açúcares, mas também dos adoçantes. Em ambos os casos, o exagero é sempre prejudicial à saúde.
Fique de olho!